22 de novembro de 2011

Imprensa: Maysa ensina sua filosofia de vida em doze passos.


MAYSA ensina sua filosofia de vida em doze passos.






1º. — "Todos os dias, quando acordo, só penso em fazer aquilo que tenho vontade, somente isso".


2º. — "Não gosto de ouvir ninguém tentando corrigir-me de qualquer falha... Somos todos uns “falhados”... E, afinal, estamos no mundo para pagar nossos pecados."


3º. — "Quando me sinto aflita apelo para o meu "Anjo da Guarda", e só "vou" a Deus em última instância. Sei que as minhas aflições são causadas por mim mesma.”...


4º. — "Não me meto com a vida de ninguém para que ninguém se meta com a minha. Embora se metam. Mesmo assim, o que me interessa é o meu juízo".


5º. — "Tenho exata noção dos dias presentes. Do amor, da alegria, e (para que negar?) do sofrimento".


6º. — "Sei que a mocidade é um sopro da vida que só pode ser julgado quando caminhamos para a velhice".


7º. — "Se querem ver em meus cabelos um toque de minha personalidade, até isso admito. Uso-os com a mesma espontaneidade com que guio a minha vida".


8º. — "Se minhas músicas representam o estado da minha alma, até isso é verdade. Vivo-as todas as vezes que as interpreto. Se sou excessivamente romântica, não vejo desdouro nenhum nessa afirmativa. A vida sem amor é uma queda no vácuo".


9º. — "Aqueles que dizem que não penso no futuro, revelam apenas um dom frustrado de profeta. Faço o que quero, quando quero
e porque quero!”



10º. — "Faço minhas as palavras de Vinicius de Morais: — "O poeta só é grande se sofrer".


11º. — "Os fãs, na ânsia de confortar seus favoritos, mais aumentam os sofrimentos, já que deles jamais poderão participar.”


12º. — "Sou assim: minha vocação explodiu dentro de mim como um vulcão. Por isso me considero inconsequente, incoerente, leviana, matusquela. Falam como se tudo isso pudesse mesmo de longe atingir os meus sofrimentos. Um dia, e na esperança desse dia, muitos dirão que "afinal de contas não sou má pessoa."



(publicado na Revista do Rádio no fim dos anos 50)

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